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Maior operação de madeira ilegal na história do Brasil ocorre nos estados Pará e Amazonas.

  Nesta terça-feira (15), ministra Cármen Lúcia suspende as ações na justiça de PA e AM relacionados à exportação ilegal de madeira.
Imagem: Rosinei Coutinho/STF 

A Polícia Federal demandou que o inquérito sobre a maior apreensão de madeira ilegal na Amazônia se una no Supremo Tribunal Federal (STF),juntamente com a apuração que envolve o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.
A PF comunicou que as investigações da operação Handroanthus,  deveriam seguir para o STF por terem relação com o inquérito a que Salles responde pela suspeita de que ele tenha agido para obstruir  uma apuração que levou à apreensão recorde de madeira ilegal na região amazônica.
CARGA ILEGAL - Os agentes em campo: 220 000 metros cúbicos de toras avaliadas em cerca de 130 milhões de reais - Polícia Federal/Divulgação


Na declaração enviada à ministra Cármen Lúcia, o delegado Thiago Leão Bastos alegou que está acontecendo um "sério risco de esvaziamento" da jurisdição do STF porque a Justiça de primeira instância estaria " reparando os instrumentos e produtos do crime". Declarou que é fundamental o reconhecimento da conexão entre as duas investigações.
"Isso porque ambas as investigações compartilham provas, pois os agentes políticos atuam no sentido de ratificar a impunidade dos investigados pela Polícia Federal, apoiando-se, para tanto, de seus cargos de alto escalão do Poder Público", emitiu .

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A operação foi nomeada de Handroanthus GLO por ser o nome científico do Ipê, a árvore mais cobiçada por organizações criminosas na Amazônia.''

A operação Handroanthus, segundo o delegado responsável, é conhecida como a responsável pela maior apreensão de madeira ilegal da história do Brasil, passando a marca de 226 mil metros cúbicos de madeira, completando um valor estimado de mais de 129 milhões de reais.
Além do inquérito aberto por Cármen Lúcia contra Salles, o ministro do Meio Ambiente é alvo de outra apuração no STF. No mês passado, o ministro da corte Alexandre de Moraes já havia determinado uma operação de busca e apreensão de documentos e materiais eletrônicos em destinos ligados a ele e decretado a quebra dos sigilos bancário e fiscal de janeiro de 2018 até maio deste ano.
Essa apreensão histórica faz parte das investigações ocorridas após a retenção de uma balsa  no Rio Mamuru, em 15 de novembro do ano de 2020, com aproximadamente 2.700 m³ de madeiras nativas do bioma amazônico.



por Guilherme Bentes e Cristina Santos